29.9.10

Concelho algarvio criado na 1ª república em festa (S B Alportel)

Exposições, passeios, livros e inaugurações

Único concelho algarvio criado no séc. XX, nos alvores da 1ª República, São Brás de Alportel encara com especial atenção as comemorações do Centenário da Implantação da República em Portugal. Exposições, lançamento de livros, inaugurações.

Assim, desde o dia 24 passado e até 31 de Outubro, está patente ao público, na galeria Zen Arte, a exposição ‘Tapeçaria e Desenhos’ de Cruzeiro Seixas.
Dia 4, às 17h00, são inauguradas as exposições ‘República na Rua’, na vila, patente até Dezembro, ‘A República em São Brás de Alportel’, na Biblioteca Municipal, e ‘A Caminho da República’, na Escola Secundária José Belchior Viegas.
No dia 5, além das cerimónias oficiais, é apresentado o projecto de requalificação da praça da República, inaugurada a obra de remodelação do mercado e decorre ainda uma visita às obras da futura junta de freguesia.
A dia 10 é lançada a obra ‘Estudos sobre a 1ª República em São Brás de Alportel e Faro, seguidos de Epistolário Inédito de João Rosa Beatriz’, de Paulo Pires, às 17h00, no Salão Nobre dos Paços do Município. Dia 15, no Museu do Trajo, é apresentada, às 18h00, a obra ‘A República e a Igreja no Algarve’, de Afonso Cunha. E de 30 de Outubro a 1 de Novembro, no largo de S. Sebastião, estará a exposição ‘Viva a República... em digressão’

28.9.10

História: um urso que impõe respeito



Um urso que impõe respeito
Por António Torrado Cristina Malaquias

Havia na floresta uma cabana, modesta morada de lenhadores. Nessa cabana, moravam um velhinho e uma velhinha que eram irmãos, mas pouco amigos. Por aqui começa esta história. Desconfio que não estou a dizer a verdade toda. Talvez os dois irmãos fossem amigos, lá muito no fundo dos seus corações de velhos rabugentos, mas quem os visse e ouvisse a enfrenesiarem-se constantemente por dá cá aquela palha, tal não diria. A velhinha, então, era a mais abespinhada. Mal o irmão entrava em casa e fechava a porta, começava a bulha.
- Estou farta de te recomendar, Gregório Epifanov, para não entrares sem primeiro bater à porta. Assustas o gato, assustas-me a mim e abalas a casa com essas botifarras. Porque não te descalças à porta?
- Porque já sei, mana Agripina, que estás à espera que eu venha com o carrego de gravetos para te acender o lume. Se eu tivesse a certeza de vir encontrar a casa aquecida, a sopa a fumegar e o chá a ferver na chaleira, descalçava-me à porta, pois claro! Mas que encontro afinal: cinzas frias na lareira e uma velha a um canto, enrolada em cobertores, a resmungar, com voz de bruxa... A mana Agripina saltava do seu canto e espetava o dedo agudo, diante do nariz do irmão:
- Bruxa? Eu? E tu o que és? Um velho urso paspalhão a sonhar com palácios e criados de nariz no chão. Julgas que sou tua criada, julgas?
- Nem eu sou teu criado e trago-te este baraço de lenha para aqueceres a ceia, velha rezingona. Ela virava-lhe as costas e voltava para o seu canto, resmungando:
- Passo bem sem ceia. Se queres comer o caldo, come-o frio ou aquece tu o lume. Não estou para me maçar com ursos velhos! Assim viviam os dois manos. Assim passavam os serões. De manhã, chovesse ou fizesse sol, havia sempre tempestade na cabana.
- Levanta-te, urso preguiçoso! - gritava a velha Agripina, sacudindo a cama do irmão.
- Deixa-me em paz, velha ruim. Passo dia a trabalhar. Portanto, tenho direito de dormir o que me apetece e o que o meu corpo pede - respondia-lhe o velho, com a cabeça escondida nos cobertores.
- Isso são desculpas de urso. Se te não levantas já, vou ao poço, encho a selha e despejo-ta pela cabeça abaixo - ameaçava a velha. Gregório Epifanov levantava-se, pegava no machado e ia-se embora, sem dar os bons-dias nem comer as sopas da manhã.
Um dia, Gregório Epifanov encontrou o urso da floresta. Não era a primeira vez que urso e lenhador se encontravam. Das outras vezes, empunhando o machado, enfrentara o bicho e obrigara-o a fugir de quem era mais valente. Outros tempos... Agora, Gregório Epifanov sentia-se velho demais para lutar. O machado caiu-lhe das mãos e os joelhos dobraram-se... Rendia-se antes do combate. O urso que decidisse o que queria fazer dele.
- Não quero nada de ti - disse-lhe o urso. - Estás muito fraco para que possas medir forças comigo. Como te deixaste envelhecer desta maneira, homem? Gregório Epifanov murmurou:
- Os anos, uns em cima dos outros, pesam-me nos ombros. A neve de muitos invernos caiu-me na cabeça e embranqueceu-me os cabelos. De tanto mastigar pão duro, caíram-me os dentes. Os trabalhos custosos e as moléstias chuparam-me a carne e curtiram-me a pele. Assim envelheci. Ficaram a conversar como bons amigos. A certa altura, o velho lenhador lamentou-se do mau génio da irmã que não parava de dizer que ele não valia nada e que estava sempre a tratá-lo de urso paspalhão.
- E isso ofende-te? - perguntou-lhe o urso.
Pois claro que se ofendia. Se não fosse ele, a miséria da choupana ainda seria maior. Com o que ele ganhava a vender lenha, ambos comiam. Além de que não era um urso, era um homem. Então o urso teve uma ideia. Chegou o focinho à orelha do lenhador e segredou-lhe o seu plano. Foi uma risota! Na manhã seguinte, repetiu-se a cena de todos os dias. Com os modos de sempre, a velha Agripina abanou a cama, onde, muito enrolado nos cobertores, o irmão dormia.
- Levanta-te, urso madraceiro - gritava ela. - Levanta-te que são horas de te pores a andar. Voltado para a parede, o irmão não dava resposta.
- Ah, sim!? Então deixa estar que hoje é que vais saber como é fria a água do poço - disse a velha. Dito e feito. Encheu a selha, carregou com ela e despejou-a em cima da cama do infeliz Gregório Epifanov, gralhando o que se segue:
- Prova desta água, urso paspalhão, mandrião e resmungão, a ver se te emendas!
Espalharam-se os cobertores e da cama saltou não o lenhador mas um urso, um urso autêntico que se pôs a correr atrás da velha, pela casa fora. Ela, aterrorizada, tropeçou na selha, caiu, levantou-se, fugiu, sentindo sempre as garras do urso quase a tocarem-lhe.
- Quem me acode! - gritava ela que metia pena.
Valeu-lhe o irmão que entrou, nesse instante, na cabana, empunhando um machado. Arremedou-se, ali, uma luta que mais parecia uma dança... O urso fez de conta que estava cheio de medo e, fingindo uma grande aflição, fugiu para a floresta donde viera. A partir desse dia, a velha Agripina passou a tratar o mano com melhores modos. Fora uma ou outra rabugice, os dois irmãos começaram a dar-se muito bem e voltaram a ser bons amigos. As sementes de amizade, escondidas no fundo dos seus corações cansados, estavam a dar flores... Gregório Epifanov nunca mais se esqueceu do urso que lhe prestara tão bons serviços. Sempre que pode, deixa ficar, na cavidade aberta num velho tronco, um boião de mel que se destina ao seu amigo. Parece que os ursos são muito gulosos.

26.9.10

O novo livro de J L Peixoto


“Livro” é o nome da nova obra do escritor José Luís Peixoto. O mais recente trabalho do autor reflecte sobre Portugal nas décadas de 60 e 70 e aborda o tema da emigração.

José Luís Peixoto é filho de pais emigrantes em França, pelo que aborda, no livro, a sua própria vivência. Entre a interioridade de uma aldeia portuguesa e o lado cosmopolita de uma cidade francesa, interessou a Peixoto reflectir sobre a dualidade destes mundos e como isso fez de Portugal um país diferente.

22.9.10

TeaTroTeca: inscrições


Estão abertas as inscrições para a TeaTroTeca (Grupo de Teatro e Biblioteca Escolar). As mesmas podem ser feitas até 24 de Setembro e entregues na "Biblio"/ biblioteca escolar ou aos professores da TeaTroTeca.

Neste ano lectivo, serão, novamente, trabalhados textos que existam na biblioteca. Os ensaios decorrerão à sexta-feira, ao fim da tarde.


Novo ano, os mesmos palcos!

Bibliotecas Escolares reunidas

Ontem, no auditório da DREALG, com a presença do Dr. Eduardo Dias, da Drª Filomena Branco, dos Coordenadores Interconcelhios e dos professores bibliotecários da região, debateram-se as linhas gerais e estratégias para o ano lectivo 2010/2011.
Mais uma vez, as bibliotecas escolares terão um papel fundamental no apoio ao currículo, na promoção e mediação da leitura, nas parcerias e projectos que vão estabelecer e nas actividades e concursos a desenvolver.

100 anos: mensagens...


As mensagens que se seguem, publicadas entre 13 e 20 de Setembro de 2010, são uma breve visão da envolvência do 5 de Outubro de 1910.

Nelas, é possível observar: uma breve cronologia, imagens, o 1º presidente, o 1º governo, a revolta de 1891, um artigo do DN de 5 de outubro de 1910, a revista Ocidente (PDF) de 20 de Outubro de 1910, a simbologia da bandeira, a educação em 1910, movimentos vanguardistas,...


Este blogue tentou ser ardina do centenário. Por alguns momentos...

20.9.10

100 anos: congresso histórico

Já estão a decorrer as inscrições para o Congresso Histórico Internacional I República e Republicanismo, organizado pela Assembleia da República, que decorrerá entre 29 de Setembro e 2 de Outubro de 2010.

Mais informações em
http://www.centenariorepublica.parlamento.pt/congresso_inscr.aspx

19.9.10

100 anos: o que aconteceu entre o 5 de Outubro e Dezembro de 1910


1910-10-05
Proclamação da República. Teófilo Braga preside ao primeiro Governo Provisório.

1910-10-08
Expulsão passagem compulsiva dos seus membros de ordens religiosas à vida secular.


1910-10-08
Extinção da casa militar do rei, dos títulos honoríficos de alguns corpos de tropas e do uso de coroas nos artigos de uniforme.

1910-10-12
Extinção das guardas municipais de Lisboa e Porto e criação provisória, em Lisboa e Porto, da Guarda Republicana.

1910-10-13
Inscrição da palavra "República" nos selos e todas as franquias em circulação.

1910-10-15
Abolição dos títulos nobiliárquicos, distinções honoríficas ou direitos de nobreza e antigas ordens nobiliárquicas.

1910-10-26
Proibição do emprego de menores de dezasseis anos como operários junto de máquinas contínuas de fabrico de papel e de moldar telhas e ladrilhos, calandras e máquinas afins.

1910-11-03
É nomeada uma comissão com o fim de estudar e propor ao Governo um plano geral de reorganização dos estudos.

1910-11-03
Lei do Divórcio

1910-11-05
Primeira greve da República. Ferroviários da linha da Póvoa.

1910-11-12
Lei do inquilinato.

1910-11-18
É lançado ao mar nova embarcação de guerra portuguesa: a canhoteira 'Ibo'.

1910-11-25
Greve dos trabalhadores da Companhia de Gás e Electricidade de Lisboa.

1910-12-01
Festa da Bandeira Nacional.

1910-12-01
Greve dos trabalhadores da Companhia de Gás e Electricidade do Porto.

1910-12-06
Regulação do direito à greve e do lockout.

1910-12-10
Bernardino Machado é investido Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa.

100 anos: a assembleia estabeleceu a bandeira e o hino em 1911


1911-06-19

Estabelecendo a Bandeira e o Hino Nacional.

"(...) A Assembleia Nacional Constituinte decreta:
1.° A Bandeira Nacional é bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do lado da tralha. Ao centro, e sobreposto á união das duas cores, terá o escudo das Armas Nacionais, orlado de branco e assentando sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro. As dimensões e mais pormenores de desenho, especialização e decoração da bandeira, são os do parecer da comissão nomeada por decreto de 15 de Outubro de 1910, que serão imediatamente publicados no Diário do Governo.Repetidos vivas á Republica Portuguesa, á Pátria e á Bandeira Nacional (...).
O Sr. Primeiro Secretario faz ondular por sobre a mesa da Presidência a bandeira nacional.
O Sr. Presidente: - Pede novamente silêncio para continuar a leitura.(Lê)
2.° O Hymno Nacional é A Portuguesa.Sala das sessões da Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de Junho de 1911.Repercutem por toda a sala vivas à Republica, às nações estrangeiras, a Portugal independente, à Pátria livre.
Prolongados vivas e aplausos.
O Sr. Presidente: - Peço silêncio. Custa-me a pôr ponto a estas manifestações tão patrióticas e tão dignas do acto que acabamos de praticar, mas lembro a todos os Srs. Deputados presentes que, na rua, em numerosíssimo grupo, o povo, o nosso povo, brioso e valente, está à espera de ter a doce comoção de saber que a Republica Portuguesa foi proclamada pela Assembleia Nacional Constituinte.Proponho que a Mesa, acompanhada do Governo Provisório e de todos os Srs. Deputados que quiserem, e suponho que serão todos, se dirijam à varanda do Palácio das Cortes para ler a proclamação da Republica ao povo que ali se acha aglomerado. (Apoiados gerais). (...)
- Viva a pátria livre!- Viva o Povo!- Viva Portugal independente!"

Diário da Assembleia Nacional Constituinte da República, Junta Preparatória, 1ª Sessão, 19 de Junho de 1911, pp. 1;4.

18.9.10

100 anos: a educação em 1910


A educação mereceu especial atenção dos primeiros governos republicanos que tentaram, a todo o custo, resolver o problema do analfabetismo em Portugal. Em 1910, as taxas de analfabetismo rondavam os 71% na totalidade, sendo 81,2% para as mulheres. Para combater rapidamente esta situação, criaram-se escolas móveis que funcionavam nas freguesias onde não existiam escolas fixas. Estas escolas eram frequentadas por crianças, mas também por adultos. O ensino primário foi a área a que a República prestou mais atenção. Assim, a reforma de 1911 criou dois ciclos: o ensino primário elementar, com a duração de três anos; o ensino primário complementar, com a duração de cinco anos, mas manteve apenas a obrigatoriedade para os primeiros três anos de ensino.
A República tornou o ensino laico, isto é, acabou com o ensino da religião na escola. Em substituição da disciplina de Religião e Moral , criou uma nova disciplina, denominada Educação Cívica, com a finalidade de formar cidadãos que defendessem as instituições Republicanas.
Nas escolas eram desenvolvidas actividades que visavam desenvolver nos alunos o amor à Pátria e aos grandes heróis portugueses e o respeito pela bandeira.
Fonte: "História de Portugal", Maria Cândida Proença

100 anos: centenário na biblioteca nacional

Apraz-nos divulgar a exposição "1910 - O Ano da República" que foi inaugurada a 26 de Maio, pelas 18:30, na Biblioteca Nacional de Portugal. A Exposição está patente ao público até dia 23 de Outubro.

A entrada é livre.

Biblioteca Nacional de Portugal
Serviço de Actividades Culturais
Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa
Tel. 21 798 20 00 Fax 21 798 21 40

bn@bnportugal.pt

100 anos: artigo do DN de 5 de Outubro de 1910


Artigo do Diário de Notícias de 5 de Outubro, página 2, em que se relata um episódio de última hora!


Fonte: CD interactivo "5 de Outubro 1910- Implantação da República"

17.9.10

100 anos: Arriaga, o 1º Presidente


Manuel de Arriaga (1840-1917)


Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nascido na cidade da Horta no Faial, estudou direito na Universidade de Coimbra.

Republicano, Arriaga integrou o primeiro grupo de deputados eleitos pelo Partido Republicano Português (P.R.P.), logo em 1878.

Foi o primeiro Presidente da República portuguesa, cargo que exerceu até à sua renúncia, em 16 de Maio de 1915, na sequência do derrube da ditadura chefiada pelo general Pimenta de Castro.

100 anos: símbolos nacionais - a bandeira


VERDE
“Cor de esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país”.

VERMELHO
“Cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso.
Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória”.

O ESCUDO
Sobre a esfera armilar, um escudo com as armas nacionais, constituído por uma área interior branca, com cinco escudetes azuis, em homenagem à bravura dos que lutaram pela independência e uma área exterior vermelha, com sete castelos amarelos, que representam a independência nacional.

1 de Dezembro de 1911
Instituição do Dia da Bandeira, primeiro feriado nacional republicano.

30 de Março de 1987
Decreto-Lei n.º 150/87 que actualiza, sintetiza e homogeneíza a diversa legislação dispersa, estabelecendo regras gerais de utilização da bandeira nacional da República Portuguesa.

100 anos: o que vai acontecer a 5 de Outubro de 2010

5 de Outubro 2010

9h00
Partida da Estafeta da República
Terreiro do Paço
10h00
Início das Cerimónias Oficiais, Chegada do Presidente da República
Praça do Município
10h05
Os Bigodes na Res Publica
Praça do Município
10h30
Cerimónia do Hastear da Bandeira ao som de A Portuguesa tocado pela banda da Guarda Nacional Republicana, em uníssono nacional
Praça do Município
10h40
Intervenções do Presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, do Primeiro-Ministro e do Presidente da República
Praça do Município
11h20
Impressões do Centenário - impressão das mãos de 100 crianças
Praça do Município
12h00
Inauguração de 100 Escolas em simultâneo nacional
Todo o país
12h00
Cerimónia de Homenagem ao Presidente António José de Almeida seguida de Romagem ao Cemitério do Alto de S. João

13h30
Inauguração do Centro de Investigação Chamaplimaud
Zona Ribeirinha de Pedrouços
14h00
Regata do Centenário

14h00
Animação no Terreiro do Paço com ateliers de parkour, esgrima artística, genástica acrobática e Bicicleta da República
Terreiro do Paço
14h00
O Balão da República Voos cativos
Terreiro do Paço
14h00
Danças e Tradições
Terreiro do Paço
14h00
RepublicArte
Terreiro do Paço
16h00
Dona Branca, de Alfredo Keil
Teatro Nacional de S. Carlos
16h00
Render Solene da Guarda
Palácio de Belém
17h00
100 minis, 100 anos de República
Cordoaria Nacional
17h00
As Marchas Populares de Lisboa celebram a República
Rua do Comércio ao Rossio
21h00
O Dia dos Prodígios, de Lídia Jorge
INATEL - Teatro da Trindade
21h30
Espectáculo multimédia
Terreiro do Paço

100 anos: proclamação

A revolução foi proclamada por todo o povo antes ainda de decidida a última acção, ou se saber quem alcançaria a vitória; e, desde esse momento, a notícia transmitida para todas as cidades e terras de Portugal, a adesão unânime à República foi verdadeiramente um plebiscito de espontaneidade e entusiasmo, entrando logo a vida portuguesa em normalidade. Mantiveram-se os valores do Estado, o comércio abriu as suas portas, e a República era consagrada com cantares e alegrias, porque se respirava um ar oxigenado e livre.

As Constituintes de 1911 e os seus Deputados. Obra compilada por um antigo oficial da Secretaria do Parlamento, Lisboa, Livraria Ferreira, 1911, p.381.

16.9.10

100 anos: revolta de 1891

No dia 31 de Janeiro de 1891, na cidade do Porto, registou-se um levantamento militar contra as cedências do Governo (e da Coroa) ao ultimato britânico de 1890 por causa do Mapa Cor-de-Rosa, que pretendia ligar, por terra, Angola a Moçambique.
A 1 de Janeiro de 1891 reuniu-se o Partido Republicano em congresso, de onde saiu um directório eleito constituído por:
Teófilo Braga, Manuel de Arriaga, Homem Cristo, Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro e Magalhães Lima. Estes homens apresentaram um plano de acção política a longo prazo, que não incluía a revolta que veio a acontecer, no entanto, a sua supremacia não era reconhecida por todos os republicanos, principalmente por aqueles que defendiam uma acção imediata. Estes, além de revoltados pelo desfecho do episódio do Ultimato, entusiasmaram-se com a recente proclamação da República no Brasil , a 15 de Novembro de 1889.
As figuras cimeiras da "Revolta do Porto", que sendo um movimento de descontentes grassando sobretudo entre sargentos e praças careceu do apoio de qualquer oficial de alta patente, foram o
capitão António Amaral Leitão, o alferes Rodolfo Malheiro, o tenente Coelho, além dos civis, o dr. Alves da Veiga, o actor Verdial e Santos Cardoso, além de vultos eminentes da cultura como João Chagas, Aurélio da Paz dos Reis, Sampaio Bruno, Basílio Teles, entre outros.

15.9.10

Exposição Mundial de Filatelia | Portugal 2010

100 anos: filatelia e República

"Promovida pela Federação Portuguesa de Filatelia, terá lugar em Lisboa, de 1 a 10 de Outubro de 2010, a PORTUGAL - 2010, Exposição Mundial de Filatelia, comemorativa dos 100 anos da Implantação da 1ª República Portuguesa.
A Exposição, que terá lugar no Parque das Nações, num dos pavilhões da Associação Industrial de Lisboa, conta com o alto patrocínio dos Correios de Portugal e terá também os patrocínios da FIP e da FEPA, estando aberta a todas as classes filatélicas da FIP."
in site da Federação Portuguesa de Filatelia

14.9.10

100 anos: edição da revista Ocidente de 20 de Outubro de 1910!!!

Uma pérola, eis a edição da revista Ocidente de 20 de Outubro de 1910.
As notícias não podiam ser mais frescas: os olhos que viram a revolução e o 1º Governo.

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1910/N1144_1145/N1144_1145_master/N1144_1145.pdf

100 anos: membros do 1º Governo da 1º República

Ao longo dos 16 anos da 1ª República, os governos sucederam-se uns aos outros: 45 governos, 7 parlamentos e 8 Presidentes da República. A instabilidade sentia-se no dia-a-dia e os membros do 1º governo da 1ª República foram também vítimas dessa instabilidade, sendo que ao 3º dia de governo, o Ministro das Finanças, Basílio Telles foi substituído, sem nunca ter assumido a pasta, por José Relvas.
Vê aqui os membros do 1º Governo da 1ª República divulgados na Revista Ocidente de 20 de Outubro de 1910

100 anos: movimentos vanguardistas


"Na segunda década do [...] século, a arte portuguesa entrou subitamente em consonância com os movimentos vanguardistas europeus. A Exposição Livre (1911), os salões dos humoristas (desde 1912), a presença dos Delaunay em Portugal (1915-1917), as revistas Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917), a vinda dos bailados de Diaghilev (1917) e a experiência dos bailados portugueses (1918) são alguns dos acontecimentos que marcaram a acção dos modernistas num ambiente cultural dominado pelo gosto naturalista. De toda essa época ficaria apenas uma lenda, se não fosse a existência da obra de Amadeo de Souza-Cardoso, apresentada em 1916 no Porto e em Lisboa. Almada Negreiros, Eduardo Viana e Santa-Rita foram os seus companheiros. Impressionismo, futurismo, cubismo, orfismo, abstraccionismo, "purismo", expressionismo e protodadaísmo constituem os diversos aspectos das obras realizadas.

Rui Mário Gonçalves, 1910-1918. Humorismo. Futurismo. A ânsia de originalidade,
in: História da Arte em Portugal, vol. 12, p. 49, Publicações Alfa, 1986

100 anos: curioso idealista da República

O documento do mês de Fevereiro na Torre do Tombo mostra um texto datado de 6 de Agosto de 1911, pelo qual um conjunto de tenentes da Guarda Nacional Republicana homenageia o cidadão Artur Celestino Sangreman Henriques.
Esta homenagem surge na sequência da recusa da pensão atribuída pela Assembleia Constituinte pela participação nos acontecimentos que levaram à implantação da República no cinco de Outubro e que o promoviam de sargento a oficial.
Alegou, para a recusa, que os benefícios para a pátria e a honrosa promoção já se constituiam numa proveitosa recompensa.

Consultar em Arquivo Nacional da Torre do Tombo, documento do mês,ideais republicanos

13.9.10

Implantação da República (Lisboa 1910) 2 [British Pathe]

Imagens da Implantação

Através da British Pathe, via you tube, chegámos a este vídeo sobre a Implantação da República, em 1910. O documentário intitulado " The Revolution in Portugal" - A Revolução em Portugal - não tem som e a qualidade também não é muito boa, mas são visíveis as barricadas na Rotunda e Avenida da Liberdade, bem como os efeitos dos bombardeamentos e o povo no Rossio.

A 5 de Outubro...

Às 8 horas do dia 5 de Outubro de 1910, José Relvas proclama a República na Câmara Municipal em Lisboa. Entre outras razões que conduziram a este acontecimento, destaca-se a incapacidade do governo de D. Manuel I.
Esta data passou a ser um feriado nacional. Até aí, o governo era uma monarquia, o chefe de Estado era o Rei. Na monarquia, quando o rei morria, sucedia-lhe no trono o filho mais velho, o príncipe herdeiro. Na República, o chefe de Estado é Presidente da República, eleito por votos livres e secretos. Nos finais do séc. XIX, havia muitas pessoas que achavam que a monarquia não era a melhor maneira de governar um país, porque o rei governava a vida toda. A implantação da República fez com que Portugal mudasse a sua bandeira, o hino e o nome da sua moeda para o escudo.O primeiro presidente do governo provisório, após a queda da monarquia, foi Teófilo Braga. Em 1911, Manuel de Arriaga foi eleito Presidente da República pelo Parlamento.O último rei de Portugal, D. Manuel II, partiu para Inglaterra com a restante família real, ficando a viver no exílio.

100 anos: 5 de Outubro, breve cronologia

2 de Outubro:
Os Republicanos marcam a revolução.

3 de Outubro:
Assassinato de Miguel Bombarda.
20h00 Última reunião dos conspiradores na Rua da Esperança.

4 de Outubro:
0h45-1h15 Revoltas no quartel de Infantaria 16 (Campolide) e quartel da Marinha (Alcântara).
5h00 Acampamento na Rotunda.
7hoo Cândido dos Reis é encontrado morto.
8h00-9h00 Os oficiais do exército abandonam a Rotunda.
10h00 Grupo de 50 manifestantes é recebido a tiro nos Restautadores.
12h30-16h00 Paiva Couceiro ataca a Rotunda.
14h00 O S. Rafael e o Adamastor bombardeiam as Necessidades.
16h00 A Marinha bombardeia o Terreiro do Paço.
21h00 O D. Carlos cai nas mãos dos Republicanos.

5 de Outubro:
6h00-7h00 Duelos de artilharia na Avenida.
8h00-9h00 Insubordinação das tropas no Rossio. A Répública é proclamada na Câmara Municipal.

Rui Ramos, A Estranha Morte da Monarquia Constitucional
in: História de Portugal (direcção de José Mattoso), vol. 6, p. 380, Círculo de Leitores, 1994

100 anos: do 5 de Outubro ao Blogue


A partir de hoje, e até ao dia 20 de Setembro, a biblioteca escolar vai publicar mensagens diárias alusivas a informações cronológicas, pormenores, curiosidades e imagens do Centenário da República (sempre neste blogue).

A esta iniciativa resolvemos chamar: Dossier/Mensagens "100 anos: do 5 de Outubro ao Blogue".

As mensagens disponibilizarão, desta forma, materias para estudo de conteúdos relacionados com o Centenário da República.
100 anos: do 5 de Outubro ao Blogue

11.9.10

Fotografias da visita dos alunos do 5º à biblioteca escolar


Os alunos do 5º ano, acompanhados das suas professoras, conheceram a biblioteca escolar.
















Poesia na Rua em Cacela Velha


Poesia na Rua em Cacela Velha
Programação:17 de Setembro
(sexta-feira)10h00-15h00: Actividades infantis e jogos poético-populares; experiências de escrita criativa para crianças; animação de rua; caça ao poema; estendal de poesia; poesia ao desafio; barcos de papel com poemas 11h30: Leituras de histórias e poemas Luís Filipe Cristóvão e Teresa Patrício 15h00: Apresentação Walking Poetry – Percurso em Cacela Velha 16h30: Aula de poesia com Teresa Rita Lopes17h30: As folhas volantes – poetas populares de Vila Real de Santo António19h00: Poetas do Guadiana – Conversa e leitura de poemas por Teresa Rita Lopes e Carlos Brito 22h00: Recital de poesia, voz e piano com Carlos Mota de Oliveira, Janita Salomé e Filipe Raposo 23h30: Concerto com B Fachada
18 de Setembro (sábado)10h00-15h00: Actividades infantis e jogos poético-populares; experiências de escrita criativa para crianças; animação de rua; caça ao poema; estendal de poesia; poesia ao desafio; lançamento ao mar de barcos de papel com poemas11h30: Leituras de histórias e poemas valter hugo mãe e José Carlos Barros 15h00: Aula de poesia com Teresa Rita Lopes16h00: A poesia no Gharb al-Andaluz – com António Baeta e Ahmed Tahiri Membros, da Fundação al-Idrisi Hispano Marroquina17h00: Apresentação do livro A Escrava de Córdova, de Alberto S. Santos 18h00: A poesia como deslocamento – À conversa com valter hugo mãe, Juan Andrés Garcia Román, José Mário Silva e José Carlos Barros20h00: Cantares do pôr-do-sol – Zainab Afailal (voz) e Fahd Ben Kiran (alaúde), membros da Orquestra Med. El Arbi Temsamani do Conservatório de Música de Tetuan, Marrocos 21h30: Festa da Poesia – Poemas ao Ritual da Igrejinha, com a presença de poetas populares e da Banda Filarmónica de Vila Real de Santo António. Leitura de poemas com valter hugo mãe, Juan Andrés Garcia Román, José Carlos Barros, Teresa Rita Lopes, José Mário Silva, Carlos Mota de Oliveira, Luís Filipe Cristóvão, Angél Nunez, António Baeta, José Vela Hernandez (guitarra), Fernando Esteves Pinto, Tiago Nené, Pedro Afonso e Dinis Nunes 23h00: Concerto de Jazz, com Miguel Martins Trio.

9.9.10

Question of Love - The Gift (gravado com marionetas!!!)

ALUNOS DO 5º ANO NA BIBLIOTECA ESCOLAR


Hoje, 9 de Setembro, foi o dia em que as turmas do 5º ano da nossa escola visitaram a biblioteca escolar.


Acompanhados pelas directoras de turma e outras professoras, os novos alunos ficaram a conhecer o guião da biblioteca, receberam os seus cartões e leram excertos de vários textos.

4.9.10

JORNAL DE LETRAS

JÁ SE ENCONTRA NA BECRE O JORNAL DE LETRAS Nº 1041

PRINCIPAIS DESTAQUES:
- TOLSTÓI (CENTENÁRIO DA SUA MORTE)
- JOÃO TORDO (NOVO ROMANCE)
- EDUCAÇÃO (O FIM DOS CHUMBOS?)


AINDA COM TEXTOS DE:
  • AGUALUSA
  • ONDJAKI
  • PIRES LARANJEIRA

regresso às aulas

8 SETEMBRO (QUARTA-FEIRA, 8H30M): 9º ANO, CEF, 1º ANO, 5º ANO
9 SETEMBRO (QUINTA-FEIRA): RESTANTES ANOS LECTIVOS
10 SETEMBRO (SEXTA-FEIRA): PRÉ-ESCOLAR

3.9.10

sombras... コブクロ 『蕾』 PVの影絵劇団 かかし座

espectáculo em VRSA


Les Farfadais levam espectáculo a Vila Real de Santo António

A companhia circense francesa Les Farfadais vai actuar em Vila Real de Santo de António dia 4 de Setembro num espectáculo inserido no programa Allgarve. O grupo trabalha nos aspectos gráficos, no simbolismo, design, no estilo e nas técnicas de acrobacia. Les Farfadais misturam sonhos e graças e as suas criações são atemporais e sem fronteiras. Os trajes coloridos e as músicas surpreendentes e originais tocadas ao vivo misturam-se com acrobacias incríveis e uma coreografia aérea de deixar o público sem fôlego do princípio ao fim da representação. O espectáculo tem entrada livre e acontece na Praça Marquês de Pombal a partir das 22:00 horas.