26.4.10

BULLYING: tertúlia do Jornal do Baixo Guadiana na BE/CRE





A violência escolar e os projectos da escola (que,de algum modo, constituem actividades que são uma alternativa pedagógica e cultural para os alunos) estiveram em destaque na tertúlia que decorreu ontem dia 26 de Abril, pelas 17:00, na BE/CRE.
A tertúlia contou com a presença de vários alunos e docentes da escola, auxiliares de educação e encarregados de educação. Estiveram presentes a psicóloga Sílvia Cardoso e a professora, da Universidade do Algarve, Olga Fonseca que com o seu conhecimento foram muito importantes para a partilha de situações.
Durante mais de duas horas foram trocadas diversas opiniões sobre o actual contexto educativo e analisadas experiências pessoais. Uma actividade muito interessante, que, certamente, voltará à nossa BE/CRE.
A tertúlia contou ainda com um serviço de chá e bolos, efectuado por uma turma do curso mesa e bar da escola.


A reportagem completa pode ser lida na próxima edição do Baixo Guadiana!

dia do livro - comemoração

25.4.10

TeaTroTeca / No Teatro das Figuras



TeaTroTeca / Teatro Escolar

Escolas seleccionadas para a II Mostra / Teatro das Figuras /Faro


  • . Castro Marim (TeaTroTeca)
  • . Monte Gordo (Cenas e Figuras)
  • .Pinheiro e Rosa / Faro (Tapete Mágico)
  • . Tomás Cabreira / Faro (Improviso)
  • . José C. da Maia / Olhão (Sons da História)

TeaTroTeca na II Mostra de Teatro Escolar do Algarve

25 Abril - Exposição


Está patente na BE/CRE uma exposição sobre o 25 de Abril, elaborada pelos alunos do professor Hélio.


O objectivo desta exposição é recordar o momento que abriu a LIBERDADE em Portugal.


Trinta e seis anos depois...

18.4.10

LIBERDADE | SOPHIA

Liberdade | Sophia


Liberdade


Aqui nesta praia onde

Não há nenhum vestígio de impureza,

Aqui onde há somente

Ondas tombando ininterruptamente,

Puro espaço e lúcida unidade,

Aqui o tempo apaixonadamente

Encontra a própria liberdade.

Sophia de Mello Breyner

Entre Palavras


A nossa escola foi uma das seleccionadas para participar nos campeonatos distritais ENTRE | PALAVRAS, fórum da leitura e debates de ideias, 2010, a decorrer no dia 30 de Abril, na Escola EB 2,3 Ferreiras / Albufeira, pelas 13:30.
A equipa que representa a nossa escola é constituída por: André Valente, João Peralta, Rita Soares e Lotte.

16.4.10

RESUMO - História de uma Gaivota e do gato que a ensinou a voar


É uma fábula em que as personagens são gatos e gaivotas. É a história do Zorbas, gato grande, preto e gordo, que mora numa casa perto do porto de Hamburgo. Numas férias, Zorbas fica em casa, sozinho, e estava a apanhar sol na varanda, quando lhe cai ali, mesmo à sua frente, uma gaivota moribunda. Esta, depois de ser apanhada pela maré negra, perde-se do seu bando e o seu último destino é a varanda do Zorbas. Porém, antes de morrer, põe um ovo e faz dois pedidos ao grande gato: este deverá tomar conta da gaivotinha, quando esta nascer e deverá ensiná-la a voar. Zorbas concorda, sem se aperceber da grande responsabilidade que era educar uma pequena ave.
E, assim, começa a sua grande aventura, querendo ser fiel à sua palavra, vai empenhar-se para cumprir a sua promessa.
Zorbas, até àquele momento, tinha tido uma vida descontraída e feliz, mas, agora, vê-se com a árdua tarefa de chocar um ovo. Quando a pequena gaivota nasce, chama mamã ao Zorbas, porque foi ele quem chocou o seu ovo e foi ele que ela viu primeiro.
O gato procura os seus amigos para que o ajudem a cuidar e a educar a pequena Ditosa. Os seus amigos são, Collonelo, um gato já com alguma idade, sempre pronto a dar um bom conselho; Secretário, o seu ajudante; Sabetudo, um gato muito inteligente; Barlavento, um gato marinheiro.
Com as enciclopédias do inteligente Sabetudo, a boa vontade de todos e o sentido do dever de cumprir a palavra dada, a todo o custo, este pequeno grupo de gatos, começa a difícil e delicada tarefa de educar a pequena gaivota. Todos se empenham para dar lições de sobrevivência a Ditosa, ensinam-na a voar e dão-lhe o amor e o carinho que a sua mãe não lhe pôde dar.
Ditosa é tão bem aceite no grupo e sente-se tão bem com os seus novos amigos que começa a achar que, também ela, é um gato. Assim, é com eles que ela quer ficar, é com eles que quer partilhar as suas aventuras e começa a lutar contra o esforço que os seus amigos fazem para a educar, para que se torne uma verdadeira gaivota.
Ditosa é, no entanto, uma gaivota e a sua verdadeira natureza começa a vir ao de cima e apesar da imensa vontade que tem de ficar com a sua “família”, seus amigos e companheiros, o desejo de abrir as asas e de voar também a invade e é muito mais forte. Então, numa noite chuvosa, Ditosa finalmente abre as suas asas, segue o seu destino e voa, deixando Zorbas com lágrimas nos olhos, mas feliz, porque a sua amiga segue o seu caminho.
É uma linda lição: o destino encarrega-se de juntar dois seres completamente distintos que, por causa de uma promessa, constroem uma bela amizade.

15.4.10

Diferença entre notícia e reportagem



A notícia e a reportagem


«O jornalismo, na sua justa e verdadeira atitude, seria a intervenção permanente do país na sua própria vida política, moral, religiosa, literária e individual.

O jornalismo não sabe que há o abatimento moral, o cansaço, a fadiga, o repouso. Se ele repousasse, quem velaria pelos que dormem?
(…)
Há homens, há trabalhadores de ideias, filósofos, que fazem o mesmo áspero trabalho incessante: mas esses têm glória, que é como um bálsamo divino, derramado nos seus cansaços.

O jornalista não: trabalha, luta, derrama ideias, sistemas, filosofias sociais e populares, estudos reflectidos, improvisações, defesas eloquentes, nobres ataques da palavra e da ideia: pois bem, tudo isso passa, morre, esquece; aquela folha delgada e leve, onde ele põe o seu espírito, a sua ideia, a sua consciência, a sua alma, perde-se, desaparece, some-se sem esperanças de vida, de duração, de imortalidade, como uma folha de árvore ou como um trapo arremessado ao monturo.»

Eça de Queiroz , in «Distrito de Évora»


A notícia


A notícia caracteriza-se por ser uma narrativa breve, eminentemente informativa, de um acontecimento real e actual com interesse para um público vasto.

Destinada à difusão pelos vários meios de comunicação social, esta narrativa deve ser apelativa e eficaz. Cabe ao seu redactor o enquadramento dos factos e a percepção rigorosa daquilo que é essencial, sem nunca esquecer certas regras de codificação, como o uso de vocabulário claro, simples e objectivo.

Na notícia predomina o modo indicativo, porque este modo exprime acontecimentos ou estados reais. Os modos conjuntivo e condicional não são tão utilizados, já que encaram o facto expresso pelo verbo como algo incerto ou eventual, inspirando dúvida no leitor.

Outras características de morfologia e sintaxe da notícia:

- frases curtas, pouco complexas e de tipo declarativo;

- nível de língua corrente;

- função informativa da linguagem;

- disposição da informação essencial no início da frase;

- utilização frequente de nomes e de verbos de acção e movimento em detrimento de adjectivos, principalmente dos valorativos (que emitem juízos de valor).


Estrutura da notícia


Titulagem


Antetítulo - indica o assunto geral. Nem sempre está presente nas notícias.

Título - dá conta do facto principal. Deve ser curto (não deve conter mais de dez palavras) e atractivo.

Subtítulo - refere aspectos particulares relevantes. Nem sempre está presente nas notícias.


Os títulos da notícia


Os títulos das notícias são extremamente importantes para captar a atenção do leitor e despertar a sua curiosidade para a leitura integral do texto; por isso, há diversas técnicas que sustentam a elaboração de títulos originais:

- frases interrogativas;

- aproveitamento de nomes de programas de televisão;

- expressões populares;

- aproveitamento de nomes de filmes;

- metáforas;

- frases nominais;

- provérbios.


Lead (parágrafo-guia ou cabeça)


Corresponde ao 1º parágrafo, no qual se exprime o sentido global da narrativa. Responde às quatro perguntas essenciais:

Quem? - os agentes da acção.

O quê? - o que aconteceu ou vai acontecer.

Onde? - o local do acontecimento.

Quando? - a data.


Corpo da notícia


Corresponde aos restantes parágrafos. Desenvolve os acontecimentos, respondendo às perguntas:

Como? - as circunstâncias.

Porquê? - os motivos e as razões.

Para quê? - a finalidade (esta questão nem sempre é respondida e muitas vezes funde-se com o Porquê?).


A reportagem

A reportagem é uma narrativa longa que resulta de um processo de investigação e documentação intenso (por vezes tem por base uma notícia).

O repórter desenvolve de forma detalhada um determinado tema, deixando, normalmente, transparecer a sua interpretação pessoal dos factos.

A reportagem é frequentemente acompanhada de fotografias e testemunhos que reforçam o seu carácter documental.

É redigida num estilo cuidado, mas acessível. A transmissão de informação deve ser feita de uma forma detalhada e objectiva daí que exija do repórter poder de selecção e organização dos dados recolhidos e uma perspicaz interpretação dos factos.

A reportagem pode ser divulgada na imprensa na televisão ou na rádio.

É um género jornalístico tendencialmente longo e, por isso, necessita de recorrer a determinados mecanismos, que o tornem apelativo.

As reportagens televisivas usam recursos multimédia variados como a imagem e o som, pelo que se tornam facilmente apelativas.

As reportagens de imprensa, recorrem a técnicas gráficas e textuais tais como o lead que apresenta o assunto a desenvolver e resume as informações essenciais da reportagem; o corpo que desenvolve os acontecimentos, incluindo comentários do jornalista e pequenas entrevistas; o subtítulo que centra a atenção do leitor sobre aspectos particulares relevantes (no desenvolvimento aparecem, muitas vezes, subtítulos que facilitam a leitura e antecedem cada uma das partes fundamentais da reportagem); as fotografias que funcionam como complementos da informação (elementos de apoio à informação escrita).


A reportagem é um texto jornalístico redigido num registo de língua corrente, porque se dirige a um público vasto e heterogéneo.

O seu discurso é essencialmente objectivo, se bem que perpassado por marcas de subjectividade quando o repórter transmite a sua interpretação dos factos.

Centra-se sobre uma acção, um acontecimento ou uma personalidade que não o repórter, e, por isso, utiliza a terceira pessoa gramatical.

A função da linguagem predominante é a informativa, já que o seu objectivo central é a transmissão de informação.

A informação veiculada é aprofundada, já que desenvolve um tema de grande interesse.

14.4.10

Concurso Nacional de Leitura - fase distrital


Decorreu no dia 12 de Abril a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, na biblioteca Sophia de Mello Breyner, Loulé.
A nossa escola foi representada pelas alunas Lotte, Cristiana e Rita (todas do 9ºB).
A prova, que contou com dezenas de jovens leitores, foi ganha por uma aluna de Portimão, tendo as representantes da nossa escola realizado um excelente trabalho de leitura, uma vez que se posicionaram nos lugares cimeiros e estiveram na luta pela presença na Final Nacional até ao último momento.

Uma tarde muito bem passada, numa biblioteca agradável e com a presença de muitos jovens leitores.

9.4.10


Por António Torrado


Enquanto dormimos, os sapatos dão grandes passeios. Sobretudo os de andar por casa - chinelos, pantufas, sapatilhas e por aí fora.
Os sapatos dos velhinhos que, durante o dia, já só andam a arrastar, mal apanham os donos a dormir, saltam, dançam, saltaricam que é uma maravilha. Nem se acredita.
As botas dos que trabalham no campo escapam-se para a cidade. Os sapatos dos citadinos vão dar uma voltinha até ao campo mais próximo. E também há sandálias que gostam de passear-se sozinhas à beira mar, nas noites de Lua Cheia.
Mas isto está tudo muito bem combinado. Assim que sentem que são horas de voltar, os sapatos, botas, botins, botifarras, chinelos e sapatões correm para junto das camas dos seus respectivos donos e aí ficam, muito quietinhos, à espera de serem calçados.
Agora eu vou contar a história de uns sapatos que se perderam. Eram uns sapatos de menino, ainda pouco habituado a andar.
Estava o menino mergulhado em pleno sono, quando os sapatos, pé ante pé, se decidiram a ir correr mundo. Para eles o mundo seria tudo o que ultrapassasse a sua pouca experiência de sapatos de quarto, de sala, de corredor e, quando muito, de jardim.
Assim que se viram sozinhos na rua desataram a correr. Com o que não contavam era com um cão vadio que, ao vê-los tão soltos, tão ligeiros, abocanhou um deles e fugiu. O outro correu atrás do bicho pulguento, a exigir o seu par. O cão assustou-se e largou-o, sem se virar para trás.
Ficaram outra vez os dois sapatos lado a lado. Mas onde é que estavam? Eles, que tinham pouca prática da vida, desorientaram-se. Era a primeira vez que vinham à rua e sentiram-se perdidos.
Andaram para um lado e para o outro, à procura da casa com jardim. A zona da cidade, aonde tinham vindo parar, só tinha prédios muito altos, com andares de escritórios. Ora, como se sabe, nos escritórios, à noite, não dorme ninguém. Pode dormitar, de dia, um ou outro empregado, mas à secretária, sentado e calçado.
Os sapatinhos ainda pediram ajuda numa montra de sapataria. Sem resultado. Eram sapatos novos, recem-saídos da caixa, e não conheciam aquelas paragens.
O par de sapatos do menino fartaram-se de andar, a noite toda. Já começava a nascer o sol, quando uma senhora que ia para o trabalho os viu. Pegou neles, mirou-os e remirou-os, apreciando a qualidade e pouco uso, e meteu-os no saco.
A senhora era empregada da limpeza de uma casa com jardim, logo por coincidência a casa onde morava o menino, dono dos sapatos. Quando eles perceberam que estavam em território conhecido, saíram, muito sorrateiros, do saco da senhora mulher-a-dias e foram em bicos de pés para o quarto do menino, ainda a dormir a bom dormir.
A senhor fez as suas limpezas, aprontou os pequenos-almoços e abalou para outra casa de família, onde também trabalhava.
Quando, ao fim do dia, a senhora Deolinda regressou, muito fatigada, à sua própria casa e procurou no saco os sapatinhos que, de madrugada, tinha achado na rua, não os encontrou.
- Esquisito! Era capaz de garantir que os tinha guardado no saco. Ou terei sonhado?
Sonho da senhora Deolinda, sonho do menino, dono dos sapatos, ou sonho dos sapatos do menino, tanto faz. O que importa é que esta história acaba onde começou.